1ª ORDEM VELHOS TEMPOS
Composição:“Saudades da época de infância,
que no rosto estampava a alegria das crianças;
Tempo que não volta mais...
de um mundo que ficou pra trás...”
[Kiko]:
É triste dizer, lamentável chorar,
pessoas que se foram sem dizer adeus
demonstrava no olhar solidão destrutiva
uma perda sentida que ficou amargada,
Uma veste na face não apagada.
“sentimentos mútuos e verdadeiros...
pensamentos múltiplos e derradeiros...”
...de querer, estar. Imagina você
a visão, pessoas que se vão, depressão
momentos vividos, lágrimas, sorrisos
lembranças dolorosas, algumas até boas...
isso q importa.
Jogar fute, pipa ou pião
só me lembro das fitas que escutava;
era Facção, o som estralava o rap tocava
quebrada é quebrada em qualquer lugar
Rap Original, Gangsta!!!
Querer, querer se envolver não é poder,
pra sobreviver nesse campo minado
onde pessoas se iludem
Globo e SBT mostram a visão.
Fracasso, novela, relatos, burguesia;
Favela, atos, guerra fria.
sistema auto dominante. Exagero por aqui, não!
ignorante com razão, situação mal definida
casa hospital comida vidas destruídas
culpa (ham!) estatística concluída.
isso q é foda,
gueto acorda!
Denúncia, carência, jugamento, ocorrência
população perseguida, situação conclusiva
sobrevivência, atos suicidas, carreira farinha
adolescência bem instruída ao topo,
mas não ao topo do mundo.
nascer, morrer, crescer sem futuro nesse mundo obscuro
são marcas que ficam na memória
como a vida de muitos que viveram pra glória...
[Refrão 2x]:
Vai ficar na memória uma vida de glória,
isso que é história...
não apagada da mente...
Uma veste rasgada de mais um sobrevivente.
[Otávio]:
Olha só ao seu redor, veja só, que da hora
Praça Orobó lotada há essa hora;
Domingo de manhã, chuteira no pé ilustrada; a várzea domina a área
Derrota decide; ponta firme; quem paga a cevada, mais uma rodada.
Família função reunida (salve!!)
Dois minutos tô na rua zika
Maloqueragem em peso... tudo normal.
Zé porva procurando história, caçando um erro; maloca consciente profissional.
Rôle suave e light, JPD a sigla
minha cidade. Festas populares brasileiras nordestinas
quermesse da Vila, Continental, Paróquia,
Rua da Vitória da Conquista igreja nossa senhora aparecida
Numa dessas alegrias tristeza. a rua fria, vazia
habitat mais que natural, arapuca policial armada
Predadores embaixador das dores
Vingador auto declarado da madruga.
Salve Elton, esteja em um bom lugar
Querido por familiares amigos
bom filho
por aqui irmão jamais será esquecido
Quem é que paga? impunidade paga!
As mães que choram paga
o demônio de farda trabalha, ceifando almas colhendo lagrimas
e a justiça para os meus por aqui se cala
É impossível raciocinar tentar acreditar
o que provém do bem se faz refém do inimaginável oculto
corrupto confuso aluno graduado em túmulo
Da guerra sem escrúpulos... Antes dele do que minha senhora de luto.
[Left]:
Tempos antigos que voltam na mente
passado é passado então bola pra frente.
Passam-se os anos, lá vão mais manos
E merda da história nunca é diferente.
Isso da mente não sai (não sai)...
muitas lembranças atrai (e vem mais)
E se tá no meu nome a rima, o microfone prepara
que lá vem mais de quem vos traz...
JPD minha vila,
com meus manos faço mais um som...
Sempre assim? Como eu queria...
Mas nunca tem só o lado bom...
Sempre atento, eu sempre tento,
me manter longe do perigo.
Mas no mundo à minha volta
A maldade faz parte, então não consigo...
Desde moleque, observo
a resenha
E o caminho que aqui muitos trilham
Aprender com os erros alheios
É uma habilidade que uns adquiriram
Malandro velho desde pequeno...
Foi assim que aprendi com meu pai.
Mas a maldade do mundo é forte
Não basta ter sorte é com fé que se vai.
Em cada click clack, é um baque na mente
É um choque de desfibrilador...
É "Mate" sem "Cheque", pessoas presentes
Se ausentam e só resta dor...
Vejo olhos sem brilho, se vai mais um filho
da quebra que assim vive em guerra...
Num puxar de gatilho, seguido de um tiro
mais uma história se encerra.
Título alternativo: Velhos Tempos
Composição: Cristiano (Kiko), Otávio e Tarcísio (Left).
Edição e Masterização: Leandro (Abelha).