"O rasgo na terra é preciso"
- Rafique Nasser (Arado).

Rafique iniciou suas atividades artísticas, ainda muito jovem, em bares, na praça, no palco do centro de cultura e nos movimentos lítero-musicais de sua terra, a "Terra do Una", situada no baixo-sul da Bahia. Nascido em 1998, estudante de jornalismo, autodidata em violão, é totalmente influenciado pela cena da canção e cantoria nordestina.

Em parceria com Ayam Ubráis Barco, cantautor também baiano, Nasser compõe a primeira música do EP "Arado", que viria lançar, pelo selo da gravadora itinerante Canoa Sonora, em 2017. O álbum traz temáticas contemporâneas que frequentam as discussões sobre "trabalho", "terra", "território", "política", "comunidades tradicionais" e etc. Entretanto, não foge de versar sobre o amor e outros sentimentos internos, mais profundos, pessoais.

Em Valença, nas andanças, conhece seu principal parceiro, o poeta e produtor Erahsto Felício. Sendo poeta, Erahsto compõe com Rafique. "Manifesta", canção que fecha o albúm, e "Dom Bosco" (Esta feita com Alan Tremedal), são poemas seus musicados e presentes no EP. Já como produtor, abridor de caminhos, trabalha no sentido de organizar as agendas, gravações e atividades dos artistas que compõem a Canoa.

De mãos dadas com Ismera Rock (Guitarra), Rao Veloso (Craviola), Will Marques (Rabeca), Rebeca Vivas (Vozes e percussões), Nil Lima (Vozes), Petry Lordelo (Percussões) e Danilo Ornelas (Baixo), o projeto "Arado" tem sido executado. De primeiro, lançaram no Centro de Cultura Olívia Barradas.

Este primeiro trabalho é um grito que reverbera contra as injustiças, contra as opressões. É um reforço no argumento de que a coletividade, sistema que se aplicou na produção e gravação do EP, é o caminho mais indicado para todas as coisas.