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VL.Styfle

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Cidade/EstadoVila Velha / ES
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Filho ingrato

Composição: Denis Preto Realista.
Dezembro eu relembro como se fosse agora Um momento de emoção, um dia aquela hora Sua mãe radiante, de olhar cintilante Recebendo a noticia que estava gestante, Nervoso e feliz no mesmo instante, A emoção tomou conta, dominando o gigante, Feliz sempre quis com a mulher amada Prolongar minha raiz, por um pé na estrada Era novo só amor, na flor da idade, Responsabilidade o meu peito invade Quem casa quer casa tem que ter proceder O tempo era curto e eu tinha que correr O relógio meu inimigo mais meu filho quer nascer Como é que vai ser? o trabalho vai ser duro O dia de amanhã tô sabendo é escuro O presente eu já vi só não enxergo o futuro Mas acredito em deus e não vou me abalar Minha fé inabalável tenho força pra lutar Se a preguiça for virtude para mim ela não presta Eu sei se precisar faço varias horas extra Quem testa só detesta e protesta o nosso amor É gente só ruim e no peito só rancor A família toda contra pela pele minha cor O racismo é uma doença e tá no peito do avô São varias barreiras mais não fico preocupado Meu pai sempre falo que a vida não era fácil E só pra mim cria trabalho tipo um escravo Longe de mim querer ser filho ingrato O homem que é guerreiro com a batalha não se ilude Eu peço aos ancestrais por favor me ajudem Faço parte da plebe rebelde e sou rude Eu só peço inteligência e meu filho com saúde Oito meses se passando, eu só ando apressado De casa pro hospital, do hospital pro trabalho Comprei todo enxoval, arrumei o nosso quarto Contrações aumentando consagrando a luz do parto E faz pré natal corre, corre pro hospital São vários exames ela tá passando mal Falei meu deus por favor me acuda Meu amor tá morrendo manda um anjo com ajuda Homem: Doutor, doutor por favor doutor Minha mulher meu filho Doutor: Calma senhor seu filho nasceu é uma criança Linda mas infelizmente a mãe não resistiu, Sinto muito,sinto muito A tristeza novamente toma conta do espaço Minha mulher deu a luz mas faleceu no parto Não faz nem um ano que meu pai foi enterrado Agora eu tô sozinho no meio da guerra desarmado Chama um querubim, um arcanjo, serafim Pois o peso do mundo desabou sobre mim A natureza da com a mão e com a outra toma sim Me da um filho belo e minha esposa teve um fim Mas a fé que deus nos da não pode ser abalada O inimigo me acerto me levantei refiz a guarda Levantei minha cabeça em direção ao horizonte Sou pedreiro, marceneiro, construtor, faço ponte A roupa, o alimento, e um teto pra morar, Amor, muito carinho, e uma moça pra cuida, Brinquedo não falto, uma escola pra estuda Jurei por deus do céu por você vou batalhar A idade, a vaidade foi chegando pois eu via Queria quase tudo que a tv lhe oferecia Eu de longe via ele já querendo namorar Eu só tinha uma exigência você tem que estudar A tristeza ce cansou, chegou a felicidade, Quando eu tive a noticia que ele entrou pra faculdade Filho nunca esqueça de fazer boas ações Pois eu peço sempre a deus em minha orações Já faz bastante tempo que eu não vejo a minha cria A última noticia se formou em engenharia As grandes capitais deixam as pessoas frias Mandei ele estudar mais eu juro eu não sabia A ruga, a velhice tomou conta do meu rosto Do meu coração quem se apossou foi o desgosto Se dedica a uma pessoa o tempo todo da sua vida E não recebe nem um tchau na hora da partida A idade já chegou as dores vem se aproximando Só trinta por cento do meu corpo funcionando Mal de parkinson, derrame, bateria de exame Diabete muito alta já circula no meu sangue Noites mal durmidas minha mente conturbada Enxergo muito pouco minha visão tá complicada Mais eu posso enxergar a cegueira do meu filho Lhe dei tanto amor mais hoje eu vivo num asilo!!! (chorando) Eu me sinto abandonado de viver não tenho vontade Será que amor de mais é uma forma de maldade? Eu fui perito na enxada mais não tive camiseta Mas hoje o meu filho é o doutor da caneta Há muito tempo atrás eu tive que provar Que também era capaz de poder lhe criar Sua mãe faleceu seu avô veio lhe tomar Lutei contra o mundo pra poder te cuidar Agora o desprezo é o pão que eu tô comendo Cada dia que se passa a solidão me corroendo Antes de morrer eu desejava lhe ver Enquanto não acontece eu rezo por você (choro)

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