A Fuga das Palavras Eu que nem sempre esperto Tão certo perto de mim Eu que nem sempre santo Que de tanto tentar caí Ou às vezes um pouco revoltado Deixando de lado escapar um sim Um tanto quanto ausente Mas enfim, por quem é que a gente? Por que mente contente de si? Ou por nós que nunca fomos mais... Capazes... Mas na verdade tanto faz Ao menos decentes, descrentes em paz. Com um mínimo esforço deixar tudo para trás Se um destino ou um instante... Ficaram distantes de ti, então para onde ir? Se o horizonte se desfaz atrás daquele monte, Então a fonte já secou E me sinto só Me sinto e só... Desoriento tudo mudo. É só a maré E quanto às palavras que trouxer: Jogue tudo bem fundo onde não dê pé Que elas estejam bem distantes de mim Que elas fiquem bem distantes de mim Eu fiz de tudo para não ferir ninguém, mas quando se fala... O estrago é maior.