Chacina
Composição: Wellington Correia.Noite sinistra, é dia de caça, a pele é preta, a classe é baixa
extermínio, chacina, homicídio, o sangue alaga toda calçada
armas exclusiva, pra tira a vida, ação bem comum dos homens de cinza
encapuzados, conhecem seus alvos, chama pelo nome, conhece a família
Não puxa DVC, mas puxa o gatilho, ação do mão branca, ação de homicídios
entre feridos, inocentes na hora, e lugar errado, ficou no prejuízo
é noite em Osasco, na grande são Paulo, lá vem os soldados bem municiados
oculto pra mídia, que venda os olhos, mas que pro estado é tudo manjado
Sentados no bar, entre mais uma dose, sem girofléx , chegou dona morte
resultados em 20 caixão, entre dor e revolta. Ninguém que socorre
manhã tem repórter, atrás de exclusiva, coletiva na corregedoria
parente com nome do vítima, na cartolina, foto pedindo justiça
Eles matam , eu sei que matam, fuzil na cara, vem na calada, peja justiça que eles mesmo paga
menor dispara, sobrevivência, condolência, é violência, a concorrência, sem evidência
que na favela não tem olho, boca , nem ouvido, é 22 todo indevido é alvo vivo
eu tenho mais medo de policia do que de banido, não defendo nenhuma com dedo no gatilho
carne pra abate, xeque-mate, sem piedade, ação do covarde , nunca é tarde, na maldade,
a pele preta na gaveta, não comove impressa, sem um minuto de silêncio, luto condolência
mas todo dia tem ação de algum policial, que alega que disparo foi acidental
quem no protesto pede intervenção militar, nunca tomou enquadro, apanhou ao ser explicar
pena administrativa, fardados que tiram vida, existe grupos de extermínio na periferia
todo cenário de chacina é um bar da quebrada, que muitas passam até batido, não noticiada
que ter passagem é pretexto pra sentar o dedo, fazem toque de recolher, provocam o medo
20 mortes em semanas cai no esquecimento, não pros filhos que levam flor no caixão do enterro