Influenciada pelo rock nacional dos anos 80, a Capitália, banda formada em 2013, também bebe da fonte do blues e do progressivo para apresentar letras autorais com temas variados, passando por reflexões políticas, comportamentais e até mesmo espirituais. As guitarras elétricas tem presença marcante no som da banda com os riff’s bem marcados e solos robustos que conferem vigor as composições. Destaque para as faixas “Capitália” e “Pra onde Ir”, esta última conta com um solo de trompete executado pelo também baixista e compositor Gustavo Almeida.
O grupo ainda conta com outro letrista, Rangel de Oliveira, que assume também o vocal principal, ora suave como na faixa “Insônia”, outras vezes agressiva e rasgada passando a emoção tensa e questionadora que algumas composições transmitem. Luiz Felipe na Guitarra solo é também estudante de música e dá o suporte técnico nos ajustes de arranjos e harmonização, Jardel Batista na guitarra base que vem de uma longa experiência com bandas indie da cena de Belo Horizonte e Bruno Alkimim na bateria.
O nome da banda foi retirado daquela que é considerada a primeira faixa de autoria e execução própria desta formação, quando optaram por tocar apenas redações autorais. Capitália é uma critica ao modo de vida do homem contemporâneo, seus anseios como ser criativo em contraposição com seu papel de peça substituível em um sistema controlador. Em última análise é um termo em construção e esses caras querem, segundo eles mesmos, construir o significado de capitália através de música para pensar e entreter, exorcizar e mobilizar as pessoas em torno do poder do som.