Senhora Carnaúba, Que surge com o sol nascente, Guardiã do carnaubál, Que, entre os cocáis, se sente Mãe divina do nosso povo. Senhora de manto verde, Teu véu, eu vejo entre as copas Das palmeiras que brotam da terra. Teu resplendor é folha viva, Grande Mãe do povo piaga Teus braços são sombra sagrada. Que acolhem cada um de nós Das tuas mãos vem a providência, O mel, a cera, a raiz. És abrigo dos que creem, És conforto daqueles que plantam. Ó Soberana Senhora, Nas tuas mãos nos revela as sementes. Que trazem, ao mundo, esperança Tuas folhas, divinos presentes Ó Soberana Senhora, Nas tuas mãos nos revela as sementes. Que trazem, ao mundo, esperança Tuas folhas, divinos presentes Senhora do orvalho e do vento, Da fibra, do templo, do chão. Contigo temos esperança, Nutrimos nossa devoção. Divina Carnaúba, Escutai nossa prece. Seja, para nós, um abrigo, Mãe eterna do povo piaga.