Aqui estamos todos nós reunidos Vestindo este sorriso duro Difícil de despir —e eu me pergunto: Será que estou forçando a barra Ao questionar como passamos Todos estes anos Com tanto medo de falar? Mas mostras pressa de ir embora Fechando as mãos sobre a cartola Não era isto que eu queria Nada faz sentido agora É que, na cidade, luzes de mentira Substituem com pressa a carne viva Não quero que tu entendas isto errado Não vim aqui continuar calado Eu sei que tens o teu orgulho Peço que o mantenhas sempre vivo Porém, será que escondo os meus motivos Por que não guardas o teu distintivo E onde estão os meus amigos Faz tempo que ninguém fala comigo Será que eu exagerei de novo Com este meu jeito louco de ser? Chegam correndo lá da venda Dizendo: "por favor, senhor, compreenda "Jogue sua faca fora "E se renda Ah, e o no entra e sai de gente da sala Dos rostos tão estranhos da calçada, Os homens que sobem e caem da escada Que olham e não falam nada Mas quem me explica tudo isto Sob estas luzes falsas da cidade Tudo é mentira e ao mesmo tempo Tudo é também verdade Não, não diga que estou perdendo a minha calma Não ajas como se eu estivesse enlouquecendo Não que eu esteja te implorando, Mas não estou mais entendendo nada Aonde foram os meus amigos Que não tenho mais notícias Será que estarão de mal comigo Pelo meu jeito louco de ser? Levante, vem cantar o coro Vem dar risada da comédia Do palhaço, bater palma Acordar o bebê Levante, vem cantar o hino Dos amigos, gargalhar Consigo, fazer algazarra Acordar o bebê