Que a água doce dos meus sonhos Não tenha medo de correr com o percurso do rio da vida Que sempre finda na grandeza do sal do mar O rio que passa descendo a ladeira Achando o caminho pra desembocar Lá na beira do mar Ô na beira do mar A moça alegre que sente na barra da saia O toque bravio das águas que vem lá do mar Ô que vem lá do mar O pescador conta histórias das noites de glória Ancorado nos sonhos secretos do fundo do mar, ai Os segredos de lá Ninguém vai encontrar Os segredos de lá Ninguém vai encontrar O pai levantava a criança Que andava e brincava rolava na areia E a onda lhe fez derrubar Ô lhe fez derrubar Presente, passado, futuro Se embalam, se embolam, se embrenham No lastro seguro das ondas do mar Ô das ondas do mar São míseros grãos de areia que a maré cheia Mistura esse mundo com força até se cansar, ai Os segredos de lá Ninguém vai encontrar Os segredos de lá Ninguém vai encontrar Mas o mar avisou Ou tu cuida de mim como fosse teu filho Ou então acabou, acabou Janaína avisou Que é chegada a hora Respeita essas águas e finda essa dor, essa dor Mas o mar avisou Ou tu cuida de mim fosse teu filho Ou então acabou, acabou Janaína avisou Que é chegada a hora Respeita essas águas e finda essa dor, essa dor, vai O mar trouxe então teu perfume Suave e macio que muitas lembranças agora me fez recordar Do tempo que ainda menino Me apaixonei pelo som repentino de todo seu chuá-chuá Agora só ouço o vazio, silêncio sombrio Do óleo daquele navio, despejo no mar, ai Os segredos de lá Ninguém vai encontrar Os segredos do mar Ninguém vai encontrar