Sempre diz gostar da roça, mas nunca passou por lá Botina e chapéu de palha usa só pra disfarçar... Que tem medo de galinha, acha que vai lhe atacar Vai ficar traumatizada se na penosa encostar Imagino essa pessoa se num curral ela entrar E cheia de não-me-toques, no estrume então pisar Vai ser muito engraçado ela começar gritar: É areia movediça! Socorro, vou me afogar! Do jeito que tá, não dá Pior do que tá não fica Só frescura a olho nu, que só falta urubu Sentir nojo de carniça Sempre diz gostar da roça, mas não sabe o que é jacá Nunca fez uma arapuca, nunca usou o imborná Entende tudo de frutas, mas nunca foi num pomar Prefere manter distancia pra pele não arranhar Se mudasse de ideia ia ser de arrepiar Pensando ser uma jaca, marimbondos cutucar Seria um deus nos acuda! O mundo vai acabar! Confundindo ferroadas com a guerra nuclear Do jeito que tá, não dá Pior do que tá não fica Só frescura a olho nu, que só falta urubu Sentir nojo de carniça Sempre diz gostar da roça, mas só pelo celular Assim ela sabe tudo e tudo pode ensinar Encarna o personagem, como gosta de atuar! Mas quem é mesmo da roça, não se deixa enganar Vida sertaneja pura, ali já pude morar Quem nela viveu se orgulha, nunca vai se envergonhar Para que nojo de terra se pra terra vai voltar Vê se para de frescura, vai a roça visitar