Titulo: Jose e Maria Autor: Jose Carlos Vivan ( Jcvivan) Essa historia se passou, há muito tempo atrás, a há quem jura de pés juntos até nos dias de hoje, que é uma história real, diz que por ali quando vai caindo a tardinha, e começa anoitecer, houve-se barulhos de gemidos de Fantasmas, vindos de todo lado, e o peão se arrepia dos pés a cabeça, e não tem outra coisa a fazer se não rezar e correr. Você acredita? Maria que não tinha nada, não tinha ninguém somente Jose. Maria do campo como era chamada vivia somente a Família e a Fé Maria nunca reclamava, Jose era tudo que ela possuía. Chegava faminto sentava-se ao seu lado, sorria da sorte, sempre apaixonado. Maria e Jose tão pouco saiam, tiravam sustento do que possuíam. Jose que tão pouco ia pra cidade, pois tinha ali tudo que ele precisava. Refrão Mas a vida é muito dura, nem sempre tão justa, nem sempre alegria. Um roubo, um acaso é só mais um caso, no caso José que fora assassinado. E agora Maria não tinha mais nada, nem mesmo Jose, José da alegria. Jose de Maria, Jose Fantasia, pra ela a vida ali findaria. Pobre Maria quem lhe sorriria, não tinha mais nada que lhe acalmaria. Morreu numa noite tristonha serena, deixou no abandono a casinha pequena. X Mas toda a cidade era só revolta, pediam justiça, queriam vingança. E mais de dois mil soldados armados, soldados do campo todos revoltados. Quebraram a cadeia pegaram os culpados, julgamento feito, já sacramentado. E junto a Maria na Mesa já fria, lincharam os bandidos num final de um dia. x De um lado os bandidos, seus corpos jogados José e Maria na mesa ao lado. Mas nada de sonhos de luta e magia Naquele lugar sé historia sombria E no outro dia a tristeza tomou conta do vilarejo, e ouvia-se em todo canto, gritos de lamentações. Mas a justiça foi feita, certo ou errado, assim foi narrado por um velho morador do lugar, e tem muitos por lá, que juram ouvir gritos e gemidos ao redor da casa abandonada, e de lá nada se pode pegar, sem pedir licença a Jose e Maria os velhos moradores, é como se a vida ainda pertencesse a eles.