Quando O Tempo Desfaz
Composição: Julio Binha.[Verso 1 ]
ooooooh uh.... oooooh uh....
(ooooooh uh.... oooooh uh....)
No início era fogo, luz que não cansava,
Teu abraço era porto, tua voz, minha casa.
[808 lofi]
A cidade dormia, mas nós dois, não,
Vivíamos de sonho, de desejo na mão.
Mas o tempo, o ladrão veio sem alarde,
Foi Levando pedaços da nossa verdade,
Cada palavra suja, pesa demais,
O silêncio frio, faz barulho sem paz,
Solidão virou muralha, entre eu e você,
Um vazio que nós deixamos crescer.
[Refrão]
E hoje restam só, sombras na cama,
Corações que já, não se amam
Prometemos ser, eternos um dia,
Mas o tempo secou nossa poesia.
[interludio]
[Verso 2 - vocal chor coral - vocal grave forte]
Lembro das risadas, noites sem fim,
Do calor da tua pele colada em mim.
Mas as feridas machucam essa palhaça,
E o orgulho vira máscara, que disfarça
Agora o que sobra, é lembrança fria,
Um retrato manchado, pela agora
Te procuro no escuro, e não acho,
Só encontro silêncio, em teus braços.
Cada promessa, que o vento levou,
Cada olhar, que nunca voltou,
Pesam mais que, qualquer despedida,
São cicatrizes, gravadas na vida.
[Refrão]
E hoje restam só, sombras na cama,
Corações que já, não se amam.
Prometemos ser, eternos um dia,
Mas o tempo secou, nossa poesia.
[Ponte]
Eu tentei costurar, os rasgos,
Segurar o fio, que já tava gasto.
Mas amor não se prende na mão,
Se escapa se parte, se vai em vão.
Agora somos, dois barcos à deriva,
Cada um, com sua dor cativa.
E no peito só dor, só fim,
Um silêncio que grita, dentro de mim.
[Refrão final]
E hoje restam só sombras na cama,
Corações que já não se amam.
Prometemos ser eternos um dia,
Mas o tempo secou nossa poesia.
[Saída]
O amor se despede, sem olhar pra trás,
É o tempo que apaga, que desfaz.
Ficamos nós, perdidos no vento,
Carregando só, dor e lamento.