“Esta é a marca mais autêntica do sul do Brasil! Vai roncando a gaita velha, que tá chegando o bugio!” Essa marca não conta histórias de luta ou de glória, nem casos de amor; não foi feita pra falar de guerra, de coisas da terra, de fibra ou valor; é o resgate, no tempo e no espaço, de um velho compasso, chamado “bugio”; é a marca da dança mais pura da nossa cultura do sul do Brasil. Essa marca é a marca que eu trago de lá do meu pago e que faz balançar; essa marca é a marca gaúcha, é o bugio, que te puxa e te leva a dançar. Essa marca não fala em festanças, nem farras, nem danças, chegada ou partida; nem enredos de gaita e gaiteiro e seus entreveiros em bailes da vida; nem de orgulho por ser de uma raça, nem sorte ou desgraça, alegria ou dor; nem cavalos e nem cavalgadas, e nem alvoradas de puro esplendor. Essa marca é a marca que eu trago de lá do meu pago e que faz balançar; essa marca é a marca gaúcha, é o bugio, que te puxa e te leva a dançar. Essa marca não narra as belezas que a mãe-natureza plantou nessa terra; nem sequer ela fala das matas, de rios e cascatas, planícies e serras; nem dos mates e do chimarrão e nem de verão e de invernos bem frios, pois a nossa cultura e história já vêm à memória, ao ouvir um bugio. Essa marca é a marca que eu trago de lá do meu pago e que faz balançar; essa marca é a marca gaúcha, é o bugio, que te puxa e te leva a dançar.