Manos Urbanos

Manos Urbanos

Cidade/EstadoSão Paulo / SP
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Eu continuo favela (é pé no chão negão)

Composição: Preto Ge e Dox.
Dinheiro poder e mulher se liga só a mansão É ouro prata o sol uma lupa só de vinte e um carrão Ostentação maldição que brilha os olhos do irmão Mas ele quer a qualquer preço, é dinamite cofre e explosão. Eu não vou ser, só mais um na multidão. Eu quero sim que a multidão seja um só coração Nós contra nós irmão? A onde, nunca deu certo não Mais tem que ser eu e você na mesma situação É pé no chão negão, mais ambição tem que ter Ficar pra traz não da tem que mais é se envolver Mas espere um pouco pense bem irmão no que você vai fazer Não vai pagar de fantasia pra depois de frio morre. E olha só moleque ele vai pra rua ele vai roubar Só de uísque e Red Bull no camarote ele vai gastar Capitalismo selvagem covarde cuidado vai te pegar Anos 90 outros valores que saudade que da. E pras minas chega e os pela saco te amar E tem que ter din din tem que ter din din Te considero meu parceiro ta ligado é hoje e sempre Sei la, quanto tem no bolso mano hoje e sempre Seja você mesmo seja verdadeiro sempre Com dinheiro ou sem dinheiro tio verdadeiro sempre Favela é churrasco na laje mulherada de montão BNH futebol domingão, mas sem pensar no patrão Manos urbano pesado nas caixas só família é emoção Eu não preciso mais que isso pra ser feliz, né não E os playboys tem dinheiro, muito dinheiro pra comprar Ta no rap de embalo é claro mais consegue se infiltrar Eu continuo favela nego e nos playboys eu meto a bica Sai Deus é mais vai morre pra lá zica Eu continuo Favela Tem que ser Favela Eternamente no meu proceder, na luta Eu continuo Favela Tem que ser Favela E assim será até quando eu morrer Os moleques nas ruas estão nos corres pra poder ter Uns bagulho da hora, não querem esmolas os moleques quer poder Quer poder andar todo importado nas ruas de SP Com carrão da hora, com moto da hora pra as mina si envolver Não importa o que vai fazer pra ter din-din pra poder gastar Si vai roubar ou trabalhar, não interessa não pode é faltar Uns tenta, ostenta e alguns conseguem chegar Num patamar pra poder olhar lá pra baixo e nem si lembrar De onde saiu, das ruas de terra, da favela Dos barracos de pau, correndo do mau nos becos e vielas Da reza vela, miséria, da contenção do morro Do pipoco do cheiro do esgoto, visão de mais um corpo morto A ambição virou ostentação que merda Muitos si esqueceram, mais eu continuo favela Quero tudo de bom e do melhor pra mim e pra você também Milhares de notas de cem, mais sem esquecer de ninguém Parece até que tá suave, ninguém sente o gosto do véu Sofrimento já não faz mais parte, ninguém implora pra Deus do céu Pura ilusão, achar que tudo está tranquilo Escuta bem o que eu digo, antes que chegue o abismo Eu continuo Favela Tem que ser Favela Eternamente no meu proceder, na luta Eu continuo Favela Tem que ser Favela E assim será até quando eu morrer Aqui é guetoeste pra onde vai esta assustado Pode chegar, mas na humilde se não fica embaçado, opa Colo com os parceiros to ligado é aliado. Tem da leste norte e sul tamo junto lado a lado É os pretos loucos de levada louca que não marca toca Na rima mete bronca e põe no peito a medalha da honra Olho por olho dente por dente eu sigo em frente sou valente Mais um gomo na corrente Eu continuo Favela Tem que ser Favela Eternamente no meu proceder, na luta Eu continuo Favela Tem que ser Favela E assim será até quando eu morrer

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