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Maurício Gringo

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À minha terra P315 - Casimiro de Abreu

Composição: Maurício Gringo.
À minha terra - Casimiro de Abreu (Espírito) Que terno sonho dourado Das minhas horas fagueiras, No recanto das palmeiras Do meu querido Brasil! A vida era um dia lindo Num vergel cheio de flores, Cheio de aroma e esplendores Sob um céu primaveril. A infância, um lago tranqüilo Onde começa a existência, Onde os cisnes da inocência Bebem o néctar do amor. A mocidade era um hino De melodias suaves, Formadas de trinos de aves E de perfumes de flor. O dia, manhã ridente, Numa canção de alvorada; A noite toda estrelada Após o doce arrebol; E na paisagem querida, Os ramos das laranjeiras E das frondosas mangueiras Douradas à luz do Sol! Oh! que clarão dentro d'alma, Constantemente cismando, O pensamento sonhando E o coração a cantar, Na delicada harmonia Que nascia da beleza, Do verde da Natureza, Do verde do lindo mar! Oh! que poema a existência De infância e de mocidade, De ternura e de saudade, De tristeza e de prazer; Igual a um canto sublime, Como uma estrofe inspirada Na noite e na madrugada, Na tarde e no amanhecer. De tudo me lembro e quanto! A transparência dos lagos, As carícias, os afagos E os beijos de minha mãe! Dos trinos dos pintassilgos, Da melodia das fontes, As nuvens nos horizontes Perdidos no azul do além. Quando eu cruzava as campinas, Sem sombras de sofrimento, Descalço, com o peito ao vento, Num tempo doce e feliz! Os pessegueiros floridos, As frondes cheias de amora, O manto de luz da aurora, Os pios das juritis! Se a morte aniquila o corpo, Não aniquila a lembrança: Jamais se extingue a esperança, Nunca se extingue o sonhar! E à minha terra querida, Recortada de palmeiras, Espero em horas fagueiras Um dia poder voltar.

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