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Nan

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EstiloFolk
Cidade/EstadoCuritiba / PR
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LLLLL

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Imagem de NanNanVoz, Violão

Release

Me resumi.
Diminuí a inocência e as expectativas também. Talvez esta seja a forma que encontramos de
nos engrandecer, abrindo espaço, deixando a mochila vazia, nos esquecendo pelo caminho.
Dizem que pessoas não são coisas. As coisas nascem prontas e vão se desfazendo. Nós, seres
que somos, nascemos não-prontos e vamos nos construindo. Neste aparente ilogismo, nossa
construção é, na realidade, uma desconstrução.
Quis para mim, ser ambos. Ser ambos, não é ser ambíguo, é ser amplo. Neste mundo niilista e
dicotômico, ser um é ser metade. Me quero inteiro. Ser pequeno e grande. Só assim percebo o
equilíbrio: grande em meus atos e pequeno diante desta busca tola de exautação.
Praticar a humildade nos faz entender que a arte é sempre maior que o autor: pequeno e
grande. Alguém também disse que o extraordinário se revela em um momento fugaz. E não é
papel da arte, não é nisso que abriga-se sua relevância e beleza, se não a capacidade de
eternizar o fugáz? Engrandecer pequenos detalhes? Minúcias do cotidiano? Pequeno e grande.
Sem perceber me diminui como autor, para engrandecer a arte que vive e nasce em mim,
Percebi que quanto mais perguntas me fiz, mais longe das respostas me senti. Um dia me vi tão
distante daquilo que queria ter sido, que questionei minha caminhada. Estendi uma mão para
mim meu. Estendi uma mão para alcançar o violão.
Organizei os pensamentos que nos invadem nestes dias de solidão, de tarde chuvosa e
silenciosa. Cantei esses pensamentos na companhia de meia duzia de acordes. Cantei o que eu
não ouvi de ninguém. Procurei alguém que sentisse o mesmo, mas entendi que tudo que ouvi,
eram ecos do meu próprio coração.
Um movimento pequeno, uma grande mudança: pequeno e grande.
Repeti aquele gesto mais uma dúzia de vezes, para entender como calei os anseios que trago
no peito. Temos dificuldades para nos ouvir, para nos reconhecer no espelho. Estamos mais
acostumados com outras vozes, outros rostos, outras histórias. Fui perdendo as letras do meu
nome, me desfazendo daquilo que a vida me fez, para poder acertar o passo, retomar o
caminho que abandonei, antes mesmo de começar.
O nome ficou pequeno. A arte ficou maior. Pequeno e grande. Abri novamente espaço para a
arte em minha vida e agora parece que é tudo que cabe em mim.

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