A Lenda Leiteira Enferrujada Do Burrico Espacial
Composição: Tiago Malta.Venham ver o burrico espacial,
Viajando com sua nau, no espaço sideral!
Tenta em vão vaga-lumes alcançar,
Que sua vida do estrume vão tirar.
Faz crochê, enquanto espera,
Queimando mato na atmosfera.
Cozinha algas que vem Netuno
Também sapateia com coturno.
De repente vem chuva de meteorito
Nosso valente, o burrico
Enfrenta os perigos siderais,
Com óculos de aviador, ele vai.
A todo vapor, se ajusta e parte,
Firme segura, avante, ele arde.
Segura firme o valente
Da partida e vai avante
Acelera frente à chuva, sem curvar,
Assim consegue enfim atravessar
E dispara o seu raio lazer
É mais mau que hellraiser
Sem um arranhão, segue a jornada,
Na Kombi espacial, a mudança encarada.
Viaja longe, descobre esferas,
No cosmos mergulha sem espera.
Num planeta, ao descanso se entregou,
Guerra civil logo ali deflagrou.
O burrico e os anarquistas,
Na conquista foram artistas,
Derrubaram todos os estados,
Esquerda - direita, todos os lados.
E do povo que lá habitava
Em troca deu uma leiteira enferrujada...
Que faz magia de alta tecnologia
Quando ia ao fogo crock-crock ela fazia
Da onomatopeia era condensado
Uma safra de capim vitaminado.
Com ela driblava a destruição,
Piada que não causava aflição.
Não chorava mais de solidão,
Pois no fogo, com concentração,
Crock-crock, a mágica acontecia,
E do som, a boneca surgia,
Inflável, trazia alegria,
Satisfazendo, fosse dia ou noite fria.
Às vezes, na Terra ele passava,
Alguma erva ele catava
Desistia de ficar, pois sabia
Que a mídia logo o caçaria.
Fazer chaveiros de leiteira
Ia morrer vestindo meia.
Certa vez piratas espaciais
Que pareciam até chacais
Fecharam sua via de acesso
Daquela parte do universo
Para roubar sua leiteira
E fazer grande besteira.
Ele botou no fogo e pensou
"Crcok-crock" ela fez
E a cobiça se desfez
Naquele setor da galáxia
Cabeça dura vira borracha,
Acabando tudo em churrasco
Num asteroide...
Alugado por São Jorge!!!
Salve Jorge!