Em construção, alma além da matéria Vem pra romper essa artéria E o sangue que corre nas veias exala inquietude Talvez percebamos um dia Toda essa hipocrisia Nota no bolso, prisão, calabouço, eu distorço Somos fechados, taxamos de sábios quem diz: “diferente é errado!” Conceito dissimulado, onde tudo é pecado Não vou pro inferno outra vez Talvez eu vá pra outro lugar No final a conta é sua, a consciência cobra caro E não tem volta Descaso, alegria, frieza Me diz de que vale a beleza Se todos nós somos e vamos pro mesmo lugar Taxamos de sábios os que nos convém Condenamos aqueles errados Conceito dissimulado onde amar é pecado Não vou pro inferno outra vez Talvez traga flores de lá No final a conta é sua, a consciência cobra caro E não tem volta O caos é uma ordem a ser decifrada Talvez percebamos um dia Toda essa hipocrisia, as notas no bolso Prisão, calabouço, distorço Descaso, alegria, tortura, frieza Me diz de que vale a riqueza Taxamos de sábios os que nos convém Mas nós vamos todos pro mesmo lugar Não vou pro inferno outra vez Talvez eu vá pra outro lugar No final a conta é sua, a consciência cobra caro E não tem volta