A hegemonia do dólar: passado, presente e futuro

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9 de julho de 2025 27min

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"O dólar é rei", declarou Donald Trump nesta terça-feira (8). E completou: "vamos mantê-lo assim”, ao dizer que a perda da hegemonia da moeda dos EUA seria equivalente à “derrota em uma guerra”. As declarações de Trump são uma reação aos Brics que, após o encontro sediado no Rio de Janeiro, publicaram um documento defendendo o uso de moedas locais em transações comerciais. Foi imediatamente após a declaração conjunta dos Brics que o presidente dos EUA ameaçou taxar países que se alinhassem com a política do grupo – que chama de “antiamericanas”. O uso de moedas locais é uma demanda antiga do grupo, o que põe em risco a supremacia econômica e de influência dos EUA no sistema de comércio global. Neste episódio, Julia Duailibi recebe o economista Octaviano Canuto, que foi vice-presidente do Banco Mundial e diretor-executivo do FMI, para explicar o momento atual do dólar e o que significaria uma desdolarização da economia. Canuto, que também é membro sênior do Policy Center for the New South e professor da Universidade George Washington, relembra quando o dólar passou a ser o meio hegemônico de negociação entre países. Ele analisa quais seriam as consequências políticas e econômicas de a moeda americana perder protagonismo global.
A hegemonia do dólar: passado, presente e futuro