A Riviera nasceu da urgência de transformar sentimentos em música. Criado por Vinícius Coimbra em 2012, o projeto começou como um refúgio para as inquietações do compositor, tomando forma ao longo dos anos até se consolidar como uma banda que transita entre o rock alternativo, indie, o post-grunge e a música emocionalmente carregada. Desde então, cada lançamento conceitual reflete uma fase, um ciclo, uma estação — sempre capturando a complexidade das mudanças internas e externas.

O primeiro grande marco veio com “Outono” (2013) e a sua sequência "Somos Estações" (2016), um álbum que mergulhou na ideia de que ninguém é, mas sim está, e que nossas vidas seguem ciclos como as estações do ano. Cada música explorava um fragmento de transição, revelando como os momentos de perda, renovação e esperança nos moldam. O conceito cativou o público e solidificou a Riviera como um projeto intenso e verdadeiro.

Já em 2018, a banda lançou "Aquário", um álbum denso e introspectivo, que abordou a angústia como um lar-prisão — um espaço que nos protege, mas também nos isola. A abordagem sobre saúde mental ressoou profundamente, levando a Riviera a novos públicos e a conquistar espaços na cena independente, recebendo menções em veículos como Tenho Mais Discos Que Amigos e Canal Riff. O single Temporário entrou em playlists do Spotify e reafirmou a conexão da banda com ouvintes que enxergam suas próprias lutas nas letras intensas e melodias marcantes.

Em meio a essa trajetória, a banda acumulou conquistas: venceu o Rec and Play, promovido pelo Palco MP3, participou do Converse Rubber Tracks Brasil, gravando com Jean Dolabella (Sepultura, Pitty, Ego Kill Talent), e lançou o single Teletela em parceria com Bruno Paraguay (Eminence), produzido por Cris Simões(Skank, Jota Quest, Paula Fernandes). Nos palcos, a Riviera passou por algumas das maiores casas de show de Belo Horizonte e dividiu line-ups com Pitty, Scalene, Fresno, Far From Alaska,CPM 22 entre outros expoentes do rock nacional.

Agora, com "Com o Passar dos Anos", Vinícius dá um passo além. O álbum reflete sobre o tempo como força transformadora, trazendo uma narrativa que percorre a construção, a perda e o renascimento. Dividido em Passado Presente e Presente Futuro, o disco reafirma o DNA da Riviera: contar histórias reais, viscerais e universais.

Mais do que uma banda, Riviera é um reflexo das transformações da vida — uma jornada de dor, beleza e recomeços eternos, onde cada música é um novo ciclo a se viver.

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