Pés no chão Pés no chão E a cabeça erguida Pés no chão Tatuagem é maquiagem para esconder as feridas Pés no chão Teus problemas pessoais não é culpa da Dilma Pés no chão Na zona de conforto seja dono da contravenção De pés no chão do beco com a goleira de chinelo de dedo E o barro da chuva torrencial no veraneio Brincadeira de guri apenas ser feliz Tudo que quis e fiz me distrair se descontrai Por alguns segundos na esquina Pés no chão pra não manter a rotina Que incrimina o preto pobre pai de família Loucura, correria, bang bang, armadilha, crocodilagem Estamos na selva de animais selvagens Seres humanos loucos tontos tantos prontos pra matar E ponto pá, pá, pá, pá , pá, pá Esse é o som que se escuta na cidade Num freio do carro que para pedindo uma informação Já era e tu sabe que é a maldade Com um canhão destacado e um corpo em ação Caiu me passa o telefone e todo o dinheiro Veja só, pés no chão pra sair do pesadelo Eu digo pra você manter seus pés no chão Liberdade na cabeça e asas na imaginação De pés no chão e pés descalços Subindo a ladeira queimando o pé no asfalto Na correria, no dia a dia Mandando um pros queixo pra acender um de bom dia E pra fugir do sistema da babylon A vida é foda e tem que manter os pés no chão Vários neguinho tentando te jogar no chão E vão ser poucos que vão estar ali estendo a mão Cupinxa, a vida é louca e não é teatro Cupinxa, por isso eu brindo com guéris barato Cupinxa, essa vai para os meus aliados Cupinxa, pra quem se foi fica um forte abraço De pés no chão e cabeça berando o teto Eu tô esperto no corre convicto do que quero E as vezes erro, mas na sequência eu já conserto E a bondade no mundo ta igual água no deserto Ta escasso, percebi isso quando cai pro asfalto E presenciei varias fitas que me deixou bolado Trampa pra caralho pra ganhar pouco salário E depois de pagar imposto mal sobra pra por rango no prato Tem algo errado, isso todos nós sabemos Não vou compactuar com essa porra e fingir que eu não tô vendo Entrar na corrida de rato e morrer correndo a esmo E morrer correndo a esmo não Não deixem que digam que é impossível Mal durmo desde que transformei meu sonho em objetivo As vezes até penso que é impossível admito Mas pra chegar a conclusão testar o limite é imprescindível Cada passo dado um sonho, um degrau Encruzilhadas atravesso com adereços Pra chegar no êxito final eu pago o preço Nem que pra isso seja feito um carnaval