Trocou sua casinha simples pelo apartamento Trocou o vermelho da terra pelo chão de cimento Trocou o cantor do poleiro pelo ronco do carro A lida na ordenha pelo terno e sapato, O ar puro e fresco pelo ar pesado Trocou a pura floresta pelo concreto armado Trocou o seu velho companheiro que latia contente, Por um celular que o aprisiona na frente Dizendo que esse é o futuro da gente Se for esse o futuro eu não quero viver Eu quero voltar a brincar a correr Livre solto nos campos como tinha de ser Ter de novo a casinha e o canto do galo A lida na ordenha e a reserva de mato Ter de novo a infância que ficou no passado