INERTE Sou um alvo estático imóvel à espera da bala cruzar Uma linha amarela, um túnel sem luz pra me orientar Um dia qualquer um fim de tarde sem história pra contar Feito pássaro preso na gaiola, canta pra não chorar No tic tac do tempo mais uma atrocidade Tem amor de mentira, fuga da realidade A Ignorância me cai tão bem, mascara a verdade Em vez de cantar, vou cerrar as grades do meu coração E talvez vou voar, para um canto onde não possam me julgar Sou um alvo estático imóvel