O descanso (senhores do nada) Vivo como um velho... casa, trampo, igreja, vinhos... Sei, não é um mistério, eu conheço meu caminho Tropeço em cada pedra aprendendo andar sozinho, Percorro cada metro desse chão sem paz, carinho ou amor Sinto as dores das guerras que eu perdi ganhando Tenho às vezes a impressão de que morri amando E odeio cada instante em que eu amei meu próprio engano E tento me livrar dos pensamento tão insanos que alimento E eu aqui pedindo bem baixinho, bem baixinho Pra que você sinta minha falta como eu sinto... como eu sinto a sua Meus cabelos brancos só me trazem as lembranças De grandes enganos que tiraram-me a esperança. De estar em paz um dia, mas só vejo a indiferença. E sinto cada vez mais longe de mim a decência... e a decadência vem Busco só o descanso, a paz eu já nem quero tanto Leio algum bom livro, é quando me vejo viajando Olho para o horizonte e o meu norte eu nunca alcanço Fico austero e livre não consigo ir pra nenhum canto... e canto E eu aqui pedindo bem baixinho, bem baixinho Pra que você sinta minha falta como eu sinto... como eu sinto a sua Letra e Música: Sóstenes da costa Arranjos: Senhores do Nada