Souri

Souri

Cidade/EstadoSalvador / BA
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A Ponto (Não vem Falar)

Composição: Souri.
A cada segundo na sombra do escuro Se constrói o muro que divide o mundo E no fundo reflete o olhar inseguro No túnel da luz ofuscante, E o futuro Se manté no rumo cujo o resumo É o imundo ao extremo profundo do impuro Eo bruto infortúnio do luto absurdo Liquida a esperança em um tempo mais curto Tirando o que nos resta, na desculpa indigesta Deixanto a fúria se tornar uma depressão funesta Quem não se manifesta, ainda assim contesta Mas faz descaso do fato que a vida é desonesta E os matadores de sonho ficam felizes, suponho Pela inveja que habita o realismo tristonho Então enfronho e proponho, afirmo firme e exponho Que a liberdade não está nesse fordismo enfadonho E o que provoca a derrota, transforma o choro em chacota É a persistência e a paciência que com o tempo se esgota Quando o que sangue denota, perd o valor e desbota A negligência e a indecência viram tema de anedota Mas vai falar, não vem falar Que você é manipulável a ponto de acreditar Quem lida com a vida já sabe a medida Da dose devidade entrada e saída E nunca duvida de quem não revida Mas não se intimida em missão suicida E depois de cumprida, sarada a ferida Levanta e se apronta ora luta seguida Não tem recaída por mais dolorida Que seja viver a vida destemida Certo sobre o que fala, e o que a idéia exala Reverbera pelo universo e nunca mais se cala Abala quem inala, multiplicando a escala E não resvala do objetivo o qual propala Sabe que a hora é agora e não suporta a demora Embora sinta que o clima não melhora lá fora Vê tudo aquilo que adora se despedindo, indo embora E a dor que mora lá dentro de uma vez por todas aflora O ódio sobre pra mente, hostilizando o ambiente Fica evidente a eminência de um mero acidente De proporção inexistente, com causa inconsequente Levando a frente o contigente indesejável do presente Mas vai falar, não vem falar Que você é manipulável a ponto de aceitar Sistema sinistro, seu rosto não passa de mais um registro E o risco do vício, lançado no espaço com a força de um míssil Aí fica difícil, o ciclo se fecha e se perde do início Do que é fictício, na real cada qual usa seu artifício Do modo que convém, calculando o porém E se abstém do que o mantém como próprio refém Se desfaz do desdém, e o coração retém O que restou do bem que quase ninguém tem também E toma o rumo do Norte, ceto de que ainda é forte Embora note sutilmente que talvez não suporte Por mais que a estrada entorte, no vale escuro da morte Conta com a própria coragem e mais uma dose de sorte Enfrenta o frívolo esnobe, de alma e espírito pobre Sem murmurar que o sacrifício englobe uma causa nobre Ainda que a vida lhe cobre, a mais do que o sangue sobe Usa as falácias que descobre pra que a massa não manobre Mas vai falar, não vem falar Que você é manipulável ao ponto de aceitar

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