Subo a serra e o meu ar vigora Noite seca, casa par Se nota só silêncios Só silêncios Madeira, a cera e uma pintura feita à mão Sem aquarela, com textura de carvão Da lareira noite inteira Escrevo um poema feito cor de fogo Escrevo a primeira linha, apago e escrevo de novo Nenhuma letra vai mostrar o que eu preciso te dizer Compasso fora do lugar Penso, penso no que fazer pra consertar Eu não aceito que não tem jeito Só pra constar Tá tudo fora do lugar As fotos não são mais A do amor que tinha lá Quando construímos nosso templo De intimidade milenar Tá tão pesado sem você As folhas não são mais Daquele verde de prazer Que aquece todo o meu corpo Acendo a lareira pra sentir Vamos ser de novo Compasso fora do lugar Penso, penso no que fazer pra consertar Eu não aceito que não tem jeito Só pra constar Tá tudo fora do lugar As fotos não são mais A do amor que tinha lá Quando construímos nosso templo De intimidade milenar Tá tão pesado sem você As folhas não são mais Daquele verde de prazer Que aquece todo o meu corpo Acendo a lareira pra sentir Vamos ser de novo Vamos ser de novo Vamos ser Ah, vamos ser Ah, vamos ser de novo Vamos ser de novo