JILÓ Tito Legal A cara de um lugar sem rosto A face de um país assim Navalha um corte bem exposto Um olor um gosto com sabor ruim Sem cinto muitos perdem a vida Com cinto João foi arrastado Sinal vermelho um ponto de partida O perigo mora aqui no adro A ordem é o direito sem a lei Desordem é o crime organizado Prélio de um povo sem rei O sonho é por um “trampo” e por um telhado Vidas e balas perdidas No pináculo de uma nação Xeque-mate para esperança Diz que o futuro está em nossas mãos Como viver, como encontrar A forma para ser feliz? Como sorrir? “Umbora” rezar... Com ser o dono do próprio nariz? “Cruz-credo” eles são sujo imundos Os grampos as cartas marcadas A propina estampada na testa A pizza, a dança, a cara mal lavada O axé, o samba, o reggae, o rock a bossa nova Traz um pouco de equidade Fartura o prato esta vazio Estamos soltos, mas em liberdade As costas pra periferia A carceragem é o centro da cidade A violência crua, nua e fria Há quem diga que isso é novidades