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Zaylê

Zaylê

Cidade/EstadoOsasco / SP
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O Circo Das Almas Desfiadas

Composição: Zaylê.
Entre cortinas de sonhos rasgados, Dançam palhaços, desalmados, Com lágrimas de prata e pés no abismo, Cada passo é um cisma, um paradoxo no ritmo. O trapezista voa e se esquece do chão, Enquanto a plateia aplaude a sua própria ilusão, E o mágico, velho e sábio, só ri, Porque sabe que a fuga também é um fim. Ôô, quem dança no fio da lâmina fria? São almas desfiadas na melodia, O palco é um espelho, o show nunca para, E a vida? Só uma luva de cara pintada! O equilibrista bebe o vinho da vertigem, Enquanto o domador dorme com seus leões de estimação, A bailarina gira num compasso de eternidade, Seu tutu é feito de tinta e saudade. E o coringa, ah, o coringa! Faz piada da própria sina, Entre cartas marcadas e risadas falsas, Ele é rei, é peão, é a própria casa. Ôô, quem dança no fio da lâmina fria? São almas desfiadas na melodia, O palco é um espelho, o show nunca para, E a vida? Só uma luva de cara pintada! Quando as luzes se apagam e o pó vira poema, Restam os versos, o eco de uma arena, E quem ouvir seu próprio riso no escuro, Saberá que o truque sempre foi o mundo, puro.

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