ZOROASTRO

ZOROASTRO

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Cidade/EstadoOsvaldo Cruz / SP
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DIVAGAÇÕES DO ZOROASTRO

Composição: Zoroastro.
No mundo há muitas moradas, na terra há muitas cabaças Nos mares vi as chupacabras, no hades acesas fornalhas Vou desvendar os seus mistérios, lá tem ets da cor grená Nas luzes tem as mariposas, nas tocas famintas raposas Na bosta rodeiam as moscas, nos lares sofridas esposas Vão se vingar com seus critérios, lá vem o cão pra sufocar O homem que vende o dinheiro, o besta que deve ao banqueiro Seu filho não tem paradeiro, e a forca será em janeiro Não sobrará nenhum tostão pro carnaval de menelau A fala do homem escroto, a cara do jovem maroto O pobre subindo o morro, um velho pedindo socorro Vai derramar sua saliva no babador, vou vigiar Nos bares insanos pinguços, nas ruas infames jagunços Nos becos vi os vagabundos, também vi os giramundos Irão passar a vida inteira na contramão do bem, do mal O porco se espoja na lama, o brocha da cama reclama O bode da boca profana, e o forte se livra da cana Pra enganar, pra viciar, a multidão vai assolar O clero e suas premissas, as aulas de um sabatista O padre rezando a missa, as crenças de um metodista Não vão mudar, vão contestar a geração do vil metal (do pó venal) Escravos do ouro e da prata, escravos de terno e gravata Escravos da moda e da nata, escravos que não sabem nada Vão delirar quando chegar saramobin da esfera umbral No globo o efeito estufa, e a bestafera reluta Esqueçam fracassos da luta, se hoje alguém me escuta Eu vou gritar até cansar, eu vou plantar um arrozal Mas hoje eu saí do hospício e ninguém tem nada com isso Pois sei dos meus compromissos, não fujo de nada e consigo Eu vou rimar, vou divagar com as canções do mundo astral E a bela não sai do espelho, é dama que cai de joelho No bolso o meu pé de coelho, nas águas do salto botelho Vou me banhar pra retirar o que sobrou do matagal E a frase da voz feminina, nos olhos da linda menina Seu corpo mimoso fascina, da gruta um caldo que mina Fiz derreter e fiz gemer, com muito amor jorrei mingau O fraco de peito empinado, o riso de um fracassado O friso de um carro importado, omissos não deixam recados Vão esconder e apodrecer, vão esquecer no seu quintal O chão que acolhe a semente, o bote de uma serpente A prosa no belo repente, e a trova desperta a gente Ói seu joão, vou te dizer o que fazer pra ser igual São quinze estrofes distintas, revivam as aves extintas Nos couros das onças as pintas, as feras ainda dominam Vão dvorar pra colocar o que se fez no virtual

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