Padre Alcides Piquilo

Padre Alcides Piquilo

EstiloCatólica
Cidade/EstadoAvaré / SP
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Natural de Fartura/SP e terceiro de cinco irmãos, Alcides Celio Jame da Silva, hoje Padre Alcides Piquilo, CR, nasceu no dia 16 de julho de 1.975, e tem na família forte influência musical, tendo um irmão alcançado o sucesso nacional: o Tiago Silva (da dupla Hugo & Tiago).
Seu pai, Hiltinho Silva, o Sr. Piquilo, perseverante, determinado e incansável trabalhador (agricultor, comerciante, radialista e músico (inclusive com vários LPs gravados, e exemplo para dezenas de outros músicos farturenses), sempre viu no seu filho Alcides um menino também determinado e dinâmico. Aos 17 anos, concluindo os estudos do 2º grau, ajudava ao seu pai em seu pequeno comércio e também nos cuidados de sua chácara e gado (vacas, cavalos, porcos, frangos...) Mas algo chamava a atenção de seu pai no que se tratava de música. Com o apoio, autorização e benção do pai, Alcides formou um trio com seu irmão Franco Nero e com Vito Cola (músico, tecladista e amigo da família), onde passaram a se apresentar por toda região, o que faziam, na verdade, não por dinheiro, mas por vocação.

Como era de costume (e já de acordo fechado com a escola), Alcides tinha as Sextas-feiras livres para se dedicar a carreira artística. E foi numa sexta, 18 de setembro de 1.992, após ajudar seu pai no trabalho, Alcides, Franco e Vito Cola viajavam na companhia de outro grande amigo, o Cassemiro (também músico e cantor, de Curitiba/PR), para o show que fariam na cidade de Taquarituba/SP, a 30 km de sua cidade. Naquela noite, 30 minutos após receber as bênçãos dos pais, Alcides já dormia no carro enquanto os demais conversavam, quando uma inevitável e violenta colisão com um veículo desgovernado veio a mudar os planos e os sonhos de toda a família Piquilo e seus companheiros.

Caídos ao chão, gravemente feridos, tomados pelo desespero, gritavam todos para que não deixassem o Alcides morrer, por apresentar o pior quadro com gravíssimo risco de morte por afogamento com o próprio sangue. Na ocasião, a família foi prontamente acionada para que fossem até Taquarituba, porque algo terrível havia ocorrido com os jovens. Tudo escuro, e em meio a tantos carros policiais parados no local, a mãe, Da. Maria Iracema, ao avistar o carro deles totalmente desfeito, entrou em choque de imediato. Não havia dúvida que a situação era muito pior do que imaginavam.

Com o rosto totalmente desfeito, já entubado, fraquíssimos batimentos cardíacos e traumatismo craniano de sexto par (o de mais grave nível, como relatado pelos médicos) travava-se então a luta pela vida de Alcides. Em decorrência da forte colisão, seu cérebro deslocou-se e veio a perder a bolsa de líquido cefalorraquidiano que existe para protegê-lo.

Foram dezesseis dias em estado de coma profundo, na UTI, com boletins diários sempre doloridos, sem esperança de vida, e no caso de uma quase impossível chance de sobrevivência, certamente viveria em estado vegetativo... Sua mãe, seu irmão Django James e Zoraide, sua tia e madrinha, acompanharam-no de perto, durante todos os dias, entre choros e pedidos de socorro a Deus, pois somente Ele poderia agir naquele momento na vida de Alcides e de sua família.

Com a morte se aproximando de Alcides a cada amanhecer, seu pai não conseguia mais resistência para acompanhar o caso. Desesperançoso, sua própria vida parecia ter acabado. Ele era (nessa ocasião) o único da família que ainda não conhecia o poder de Deus. Mas, acreditando que seu filho Alcides estivesse vivendo os seus últimos minutos de vida, pela primeira vez prostrou-se de joelhos, clamando ao Senhor. Enquanto isso, as orações e pedidos de misericórdia eram levantados aos céus

por toda a família, amigos da cidade e região, enfim, por todos, indiferente da sua crença religiosa. E isso foi mais forte.

Surpreendendo a todos (principalmente à equipe médica), Alcides voltava do coma e começava a ter melhoras a cada dia, apesar da terrível estimativa de grandes sequelas, entre paraplegia, epilepsia e idade mental reduzida. Dois meses depois, e pesando apenas 30 quilos, Alcides retornava para casa sem voz, sem memória, sem condição alguma para andar (cadeirante) com sérios riscos de perder a visão, a audição, e como se não bastasse, um brutal descontrole nos seus órgãos, devido a perda da “água” do cérebro. Os médicos alertaram sobre a constante sede que ele viria a sentir a partir daquele momento.

Seu pai, então, passou a abastecer seu comercio com refrigerantes, para sustento de seu filho. Certo dia, com o movimento fraco no bar, e preocupado com o pagamento aos fornecedores, seu pai não queria comprar mais refrigerantes. Alcides, devido ao seu descontrole mental, trazia muita alegria em exigir do pai que, se não vendesse os produtos, ele beberia tudo! Esse tão presente descontrole mental trouxe muito sofrimento à família, que por inúmeras vezes tentava acalmar ao insistente Alcides que, sem noção de dia ou noite, pedia para tomar sol às duas ou três da manhã.

O tempo passou, e Alcides começou a ganhar consciência e se reestruturar na graça de Deus. Sua voz aos poucos era reconquistada, porém comparável a uma criança de três anos de idade. Sua idade mental aos poucos era recuperada e tudo ganhava forma e cor de maneira milagrosa, através de fortes orações.

Um momento de grande comoção foi o dia em que Alcides lembrou-se do seu amigo Vito Cola: a família rapidamente o levou para visita-lo. Alcides começava a lembrar do triste passado, e não tinha quem não chorasse ao assistir esse reencontro.
Segundo os médicos, tudo o que a família procurasse a ele ensinar, ele poderia aprender, já que sua mente estava zerada. O primeiro lugar a leva-lo foi na Igreja, onde ainda sem forças para sentar, tomava-se um banco todo para deita-lo.

Assim, Alcides começava a reconstruir fé na sua vida, e naturalmente as coisas tomaram uma proporção grandiosa, principalmente depois que Alcides começou a andar e reconquistar sua independência. Seu maior desejo: servir a Deus.

Três anos depois, quase recuperado mas ainda em tratamento de neurologia e oftalmologia, Alcides guardou com carinho o conselho de sua médica: “tudo o que você quiser fazer na vida, vai depender só de você e do seu esforço, e de mais ninguém”. Essas palavras tornaram-se decisivas na busca de seu sonho, cultivando o desejo pela vida religiosa.

Em 1995, ingressou na Ordem do Clérigo dos Padres Teatinos, e após longa jornada, ordenou-se padre em 06/03/2004. O tempo foi passando e Deus refez e devolveu tudo o que então havia perdido, inclusive a sua voz, a qual faz uso no meu ofício: “tenho trabalhado diariamente celebrando diferentes momentos litúrgicos, em especial as Missas, realizando reflexões, participando de reuniões, palestras, resgatando novamente dentro de mim o gosto por cantar”.

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