" Eu nasci em um lar cristão. Minha família fazia parte de uma Igreja Assembléia de Deus, conhecida por ser bastante tradicional. Meu pai e todos os meus tios paternos eram músicos e minha mãe uma poetisa de mão cheia.
Nossa casa era modesta mas rica em cultura, não demoraria muito até eu ter o primeiro contato com a arte. "


Na adolescência, aos 13 anos de idade, Jon já regia a orquestra de sua igreja e arriscava suas primeiras composições. Ainda na adolescência teve seu primeiro contato com o a pornografia e o sexo quando se afastou do evangelho.

" Eu tive uma adolescência muito complicada. Foi um momento em que vivi uma frieza espiritual que hoje combato com todas as forças. Eu não me envergonho de dizer hoje, que fui viciado em pornografia por que sei que essa é a realidade de muita gente, até mesmo na igreja.
Eu me lembro que nessa época eu até tentava me firmar nos caminhos do Senhor outra vez, porém o fardo de culpa que eu carregava por não me sentir puro, aliado a falta de um apoio espiritual tornava tudo ainda mais difícil. "

Afastar-se do evangelho também fez com que Jon, se afastasse da música. Aos 18 anos entrou normalmente no mercado de trabalho onde passou por algumas empresas prestadoras de serviços. Longe da música e da arte.

" Aproximadamente em Junho de 2011 comecei a trabalhar em uma empresa como porteiro na construção civil. Eu trabalhava no turno da noite e era o "prato principal" dos mosquitos e pernilongos da guarita.
Mas foi durante as 12 horas noturnas que passava em claro que comecei a me descobrir compositor.
Bem em frente a guarita onde eu ficava havia um mercado com uma grande marquise onde dormiam dezenas de moradores de rua.
Passei então a escrever sobre tudo que via naquela realidade e em como me sentia com tudo aquilo. "

Em 2013, D'part Jon foi convidado a tocar flauta e sax no grupo de pagode "Pur'Amizade" onde teve a oportunidade de conhecer grandes ícones da música brasileira.
No mesmo ano, seu amigo, parceiro de composição e então vocalista do grupo, Maninho Gonzaga, o revelaria como uma nova promessa do Funk Carioca.

" O funk não era musicalmente a minha praia, sempre gostei mais de cantar rap, apesar de já ter escrito e ter tido alguns funks cantados e gravados por outros MC's.
Porém a prosposta era boa e a minha carne queria. Eu nunca me envolvi com drogas por que os ensinamentos dos meus pais sempre foram lembrados.
O mundo não me ofereceu o que ele tinha aparentemente de mau, muito pelo contrário, ele me ofereceu o que tinha de aparentemente melhor pra mim.
Graças à Deus os meus caminhos tomaram outro rumo. Porém em relação ao meu amigo Maninho Gonzaga só tenho à agradecer por acreditar no meu talento quando ninguém mais acreditava."

Em Outubro deste ano foi impactado com palavras proféticas e um presente inesperado de uma senhora que havia conhecido durante a condução a caminho de um show.
No final de 2013, D'part Jon,deixou o pagode, encerrou seu projeto musical no funk, que ainda estava no início, porém bem amparado, para atender ao chamado do Senhor.

" Ah cara! Nunca vou esquecer desse dia, em que aquela senhora falou poucas e boas verdades sobre a minha vida sem nem mesmo me conhecer e depois me presenteou com um CD do cantor Thalles Roberto ( Sejam Cheios do Espírito Santo). Que hoje é uma referência pra mim.
Quando cheguei em casa coloquei o CD pra tocar e ouvi juntamente com minha esposa. O irmão Thalles é realmente muito usado pelo Senhor. Foi impossível conter as lágrimas.
Já na primeira faixa escutar - Pai, tenho vivido dias de sucesso, todo mundo chega e quer ficar perto de mim, mas eu não posso esquecer quem eu sou - foi forte demais.
Quando chegamos na música 'Filho Meu' não resisti e na sala mesmo onde estava aceitei Jesus como único salvador da minha vida outra vez, de uma vez por todas. "

Alguns meses depois, Jon concluiria seu primeiro trabalho no cenário da música gospel com o álbum #PELOTEUSANGUE.
Gravado na HMUSIC Studios. Produzido por seu amigo Tiago Vaz - Família Acris Soul -
Com um trabalho inovador dentro de um gênero já bem aceito pelo público cristão; o RAP.
D'part Jon conseguiu trazer toda sua ''bagagem musical" para o gênero enriquecendo-o com novos timbres do pop, funk e rock, aliados a letras fortes e melodias marcantes.

" Servir a Deus é um prazer que eu recomendo que todos homens experimentem. Porém pra mim, poder fazê-lo com a música, com o RAP, é realmente gratificante, uma dádiva, uma benção impar.
Eu vejo o meu trabalho hoje não como simplesmente música, mas realmente como ferramenta de libertação na vida das pessoas. Acredito que a grande questão não é chegar até a benção mas sim em se tornar abençoador quando alcançá-la .
Sou apaixonado por vidas, e nada me deixa mais feliz do que ver o milagre da salvação acontecendo.
Sempre fui um cara muito intenso em tudo que vivi. Acho que consegui trazer essa intensidade para as letras das músicas. Cada letra ali foi inspirada e direcionada pelo Espírito Santo, coube a mim apenas o trabalho de escrever, a honra é do Senhor.
Acredito que essa seja o motivo das pessoas se identificarem. Tudo tem um propósito e Deus sempre estará no controle. "