Guru Martins,
natural do Rio de Janeiro, cantor, compositor, arranjador e violonista, voz de baixo profundo. Aos cinco anos de idade já apreciava a boa música. Ouvindo, do lado brasileiro, a dupla Jackson do Pandeiro e Almira e os baiões de Luiz Gonzaga, e do lado estrangeiro Ray Charlies entre outros, foi formando em sua alma infantil toda a sua referência musical.

Aos treze anos de idade aprendeu a tocar violão com sua turma de esquina, começando em seguida a compor. Consequentemente sua visão de mundo sofreu profunda modificação. O fascínio que a música passou a exercer na vida daquele menino, determinou definitivamente os caminhos pelos quais ele deveria percorrer.

Ouvindo Led Zepellin, Pink Floid, o pessoal da Tropicália e os Mutantes, sua tendência musical foi sendo fortalecida. A influência do samba em sua obra não poderia faltar, o que se expressa pela sua grande admiração por: Paulinho da Viola, Candeia, Martinho da Vila, Velha Guarda da Portela, só para citar alguns. O contato com as expressões mais genuínas vindas do Candomblé e suas variantes como o Jongo e o Lundú também deram significativa contribuição a sua formação. Rock, Catira, Reggae, Folia de Reis, Blue e Moda de viola, incorporados ao seu trabalho propiciaram uma música de raiz pretensiosa, desejosa de falar a língua emocional do mundo.

PARTICIPAÇÕES

De 1985 a 1990 estabelece-se em Belo Horizonte participando
ativamente do movimento musical local, tais como:
De 1985 a 1988
- Festivale: festival do Vale do Jequitinhonha - norte e nordeste de Minas Gerais - que traz à tona formas de expressão cultural das pessoas dessa região, através da música e do artesanato.
- Realiza juntamente com Dércio Marques o projeto "Coro da
Primavera" dentro da programação “Bem-Bom no Parque” no
Parque das Mangabeiras com as participações de João Bá,
Klecius Albuquerque e Cao Alves, com um público estimado em
3000 pessoas.
- Comemorações relativas ao centenário de Abolição em colaboração com o Movimento Negro Unificado de Belo Horizonte. Apresenta no teatro Francisco Nunes o espetáculo de nome “Kao Cabeci” com a participação de Maurício Tizumba.
- Coletivização com os músicos de expressão como: Maurício Tizumba, Paulinho Pedra Azul, Saulo Laranjeira, Rubinho do Vale, Juarez Moreira, Saldanha Rolim, Marku Ribas e Titane.
De 1989 a 1993, dedica-se a shows nos eixos Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Vitória - ES.
A partir de 1993 estabelece-se em São Paulo, trabalhando com produção, arranjos e participações em discos, não deixando de dar continuidade ao trabalho de composição e shows.

DISCOGRAFIA

Em 1982 grava seu primeiro disco, entitulado “Violões da Vida” com tiragem restrita e atualmente fora de catálogo.
Em 1987 colaborou na produção do CD duplo “Segredos Vegetais” de Dércio Marques com participação nas faixas: “Canção dos Ipês” com a música “Roda Gigante” , de sua autoria e na voz do próprio, e “Flor do Dia” - arranjo de violão.
Em 1988 participa de produção do espetáculo de lançamento de “Segredos Vegetais” em Belo Horizonte, no Grande Teatro do Palácio das Artes juntamente com Dércio Marques e Elomar Figueira de Melo.
Em 1996 participa do projeto infantil ”Na escola da criança” e “Espaço do Adolescer” na gravação do CD “Monjolear” de Dércio Marques, projeto que envolveu a participação de 150 crianças - Selo Devil Discos.
Em 1998, com João Bá, participa do CD “Ação dos Bacuraus Cantantes” - Selo Devil Discos.
Em 1999 participa no CD “Cantigas de Abraçar” , álbum duplo de Dércio Marques na faixa “Madre Luna” , e no CD “Folias do Brasil” , do mesmo autor, na faixa “Reizada” - arranjo de violão, voz e percussão.
Ainda no mesmo ano, 1999, grava seu segundo CD “Luz Além” - Selo Devil Discos - um trabalho rico em recriações e mostrando toda gama de ritmos que faz a tessitura musical de sua obra.
Lançamentos: DVD "Sem Sentido" e novo CD "Irmandade", à venda no site.