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Jerry Espíndola

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Cidade/EstadoCampo Grande / MS
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Jerry Espíndola voltou a fazer pop. O quarto disco do mais novo dos Espíndola chama-se Vértice e o repertório composto por 13 canções trouxe de volta as baladas que transformaram Jerry Espíndola em artista popular na década de 90 no Mato Grosso do Sul. Mas o artista não abriu mão de dar prosseguimento a polca-rock, estilo que lhe rendeu vários shows fora do seu estado natal, destaque na mídia nacional e elogios rasgados de artistas consagrados. Vértice é isso tudo e mais um pouco.

Mais um pouco porque Vértice dá continuidade a fusão musical que só pode ser feita neste canto centro-oeste do Brasil. A mescla dos ritmos fronteiriços, a polca, o chamamé e a guarânia, com o universo pop.

O disco foi todo produzido em Campo Grande. Desde a concepção, gravação e finalização. Os músicos que participaram também são todos %u2018filhos da terra%u2019. Com uma sonoridade bem definida, fica claro que Jerry Espíndola quis um disco limpo, abusando dos mais sagrados dos mandamentos musicais: o silêncio.

A base musical é toda em cima do tripé formado pelo violão de Jerry, o contrabaixo de Antônio Porto e a bateria de Sandro Moreno. Participam do disco ainda o guitarrista Guilherme Cruz, que assina também a produção artística de Vértice, o tecladista Alex Cavalhieri e o instrumentista Adriano Maggo com sanfonas bem colocadas em duas canções.

Vértice é um disco de parcerias, algo que Jerry Espíndola coleciona ao longo de 20 anos de carreira. A única das 13 faixas que assina sozinho é %u2018Zap%u2019. Entre os parceiros de Jerry no disco estão Adriano Maggo, Sandro Moreno, Guilherme Cruz, Alex Cavalhieri, Márcio de Camillo, Rodrigo Teixeira, Ciro Pinheiro, a irmã Alzira, o irmão Sérgio e o mais novo parceiro, o paulistano Arruda. A única regravação de Vértice é a faixa %u2018Balanço%u2019, de Tetê Espíndola e Arnaldo Black, canção do LP Gaiola. A canção inédita %u2018Deixa%u2019 de Fábio Terra, completa o repertório.

Jerry continua com letras românticas, que falam da convivência amorosa, conflitos pessoais e desejos pulsantes. Exemplos: 'na gruta de bonito no seu lago azul eu vi surgir seus olhos e seu corpo nu'; 'assim é o coração, não pergunto qual o tom, ora bate ora não'; 'me acostumei com esta orgia de bocas e dedos em sintonia'; 'tô programado a te esperar, num control c encontro você em mim'; 'não se canta sem doer, e não se dói se não amar'; 'uma certa melancolia revolucionária, nem tarda nem falha'; 'adoro um fim assim nouvelle vague';...

Vértice é o segundo disco solo de Jerry Espíndola. Sua primeira experiência fonográfica foi com o grupo paulistano Incontroláveis em 1989. Depois de sete anos morando em São Paulo, o cantor voltou a morar em Campo Grande em 1992. No ano 2000, lançou Pop Pantanal, que o transformou em figura conhecida em seu estado através da execução em rádio de %u2018Meu Vício%u2019. Em 2002, numa guinada radical, colocou no mercado %u2018polca-rock%u2019, disco com o grupo Croa, pelo selo Elo Music. Em 2003, lançou O Que Virou, trabalho com composições suas e Marcelo Pettengill, cantadas por diversos intérpretes do estado. No mesmo ano ainda produz Espíndola Canta, reunindo a família em um disco histórico para a música de MS.

por Rodrigo Teixeira
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jerrypop@gmail.com

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