Levy Vianna: a voz sertaneja do arrocha

?Desde pequeno eu já sabia que um dia ia ser cantor?, afirma Gladson Levi Costa Viana. Levy Vianna, como ficou conhecido, conta que com cinco anos já cantava os clássicos da música sertaneja que ouvia na rádio. ?Meu pai chorava quando me ouvia cantar?, declara. Aos poucos foi recebendo incentivo da família e amigos que só fez crescer o seu sonho de ser famoso.

Depois de ganhar um violão do pai e aprender o básico para tocar, ele colocou o instrumento debaixo do braço e pediu para se apresentar em um restaurante no conjunto Sol Nascente. Despretensiosamente ele acabou lotando o espaço. Naquela época Levy tocava de graça, depois seguiu o conselho dos colegas e começou a cobrar R$ 50 para tocar uma hora. O cachê atual? Ele prefere não comentar!

Ainda na fase inicial da carreira Levy fez parte de bandas de forró, mas preferiu seguir carreira solo. Irreverente por natureza, o cantor acabou sendo fisgado pelo ritmo do arrocha e decidiu misturar o que já sabia fazer com sua voz afinda ao som eletrizante dos teclados. Uma mistura que vem dando muito certo.

Além do som contagiante, Levy acredita que a receita para cativar o público está no seu timbre de voz, na sensualidade, no carisma e nas brincadeiras que faz no palco. Não dá para esquecer também os jargões que criou e que já viraram marca do artista. ?Não se acaba não mundão que eu tô chegando? e ?As mariposas já chegaram?, são alguns que já caíram no gosto do público.

Sucesso

Depois de muitos anos de estrada, hoje Levy está ?estourado? em todo o Estado. Na última semana ele chegou a fazer três shows em uma noite. O assédio do público tem sido grande por onde passa. Ele conta que na rua é reconhecido pelas pessoas, e que acaba não tendo muita privacidade, situação que ele está aprendendo a lidar.

O assédio vem principalmente das fãs. Na época em que se apresentava sem segurança algumas chegavam a invadir o palco, o que segundo o cantor ?incomodava e tirava a concentração?. Atualmente, Levy só se apresenta com segurança. Para o produtor Sidnei Pasqualino, essa é uma medida para preservar o artista.

Nesta nova fase outras mudanças estão por vir. O produtor adianta que em breve Levy deve deixar os teclados para poder ficar mais livre no palco. Além disso, Sidnei conta que a agenda do artista está cada vez mais turbinada com shows previstos para acontecer na Bahia e Alagoas. Mas o objetivo do artista e ir cada vez mais longe, e avisa que em 2010 ?quer chegar ao programa do Faustão?.