Governo reduz meta fiscal e adia ajuste das contas públicas: como fica a economia? Ouça análise

Entrevistas Jornal Eldorado
16 de abril de 2024 17min

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Na primeira mexida desde que o novo arcabouço fiscal entrou em vigor, há menos de um ano, a equipe econômica anunciou ontem mudanças na meta para as contas públicas em 2025 e 2026 e adiou a expectativa por um resultado positivo. A meta de 2025 foi reduzida de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para zero. O alvo para 2026 caiu de 1% para 0,25% de superávit. As metas de 2027 e 2028 - já no mandato do próximo presidente da República -, que ainda não haviam sido fixadas, ficaram em 0,50% e 1% do PIB, respectivamente. Os números foram incluídos no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, que será enviado ao Congresso. O texto projeta salário mínimo de R$ 1.502 no ano que vem, o que representa um reajuste de 6,37% sobre o valor atual. O anúncio expôs fragilidades do novo arcabouço fiscal, já que o governo contava com o aumento de arrecadação para cumprir a regra. O secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, disse que a equipe econômica pretende avançar na agenda de corte de gastos. Em entrevista à Rádio Eldorado, o economista, cientista político e professor de Relações Internacionais da ESPM Fabio Andrade disse que o afrouxamento da meta fiscal gera desconfiança no mercado e pode resultar em aumento dos juros. 

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