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Tom Dias

Tom Dias

Cidade/EstadoRio de Janeiro / RJ
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Senzala Do Século 21

Composição: Tom Dias.
Lá no morro o sol nasce sem esperança Menor com 12 já perdeu a infância Fuzil pesa mais do que o caderno E o Estado só aparece de terno Enquanto isso no asfalto é diferente Filho de doutor nem passa na frente Não toma enquadro, não vive tensão Se errar, é só "fase", não é "reeducação" Quem sobe o morro pra ensinar? Só sobe tropa pra oprimir Quem vive aqui quer respirar Mas o sistema quer nos sufocar Essa é a senzala do século 21 Grilhão moderno disfarçado de fuzil e farda azul Liberdade tem cor e endereço E o CEP vale mais que o mereço Essa é a senzala do século 21 Morro silenciado, enquanto o playboy finge que é comum Mas se o preto fala alto, vira ameaça E se é pobre, nem sonhar com a praça Na favela não falta talento, falta chance Oportunidade só bate em porta com tranca de ouro e semblante O moleque sonha em ser jogador Mas aprende cedo que o juiz nunca apita a favor É bala onde devia ter biblioteca É viatura onde devia ter caneta E quando um preto vence, é milagre Mas não devia ser exceção, devia ser homenagem Não é vitimismo, é realidade Fala pra mim se é mentira ou verdade Quantos jovens morrem sem serem notados Enquanto outros erram e são perdoados? Essa é a senzala do século 21 Grilhão moderno disfarçado de fuzil e farda azul Liberdade tem cor e endereço E o CEP vale mais que o mereço Essa é a senzala do século 21 Morro silenciado, enquanto o playboy finge que é comum Mas se o preto fala alto, vira ameaça E se é pobre, nem sonhar com a praça Mas a favela ainda canta, ainda dança Ainda resiste... Porque aqui, a dor também vira esperança.

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