- Tome Forró26.860 plays
- Forró de repente18.735 plays
- Esconde o lampião24.299 plays
- Forró na pedreira102.589 plays
- $$$ (dinheirooooo)59.379 plays
- Vem pra cima19.060 plays
- Tome Forró - Versão 27.054 plays
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Forró com pitadas de maracatu, samba, choro, jazz e toda boa música, mas sem perder o sentimento matuto do ritmo nordestino. Esse é o Quinteto Dona Zaíra. Mas, vez em quando, perguntam: "O que cinco jovens paulistas fazem tocando um ritmo com origens tão distantes da sua realidade?" E a resposta está na ponta da língua! Não podemos esquecer que os integrantes desse grupo são nascidos e criados no interior paulista, e o contato com a figura do caipira - o sertanejo do sudeste - e sua música, foi muito forte para todos. E podemos dizer com certeza que o forró está para o sertanejo do norte assim como a música sertaneja raiz está para o caipira. Assim, traçamos um paralelo entre esses dois gêneros, e percebemos que não são realidades tão diferentes. Ambos, através de sua música, desabafam, contam suas histórias de amor e dão tons irreverentes a suas vivências, usando certa "malícia inocente", mas sem cair no mau gosto ou escracho que, infelizmente, percebemos em algumas adaptações modernas desses estilos.
Mais do que fazer música no sentido literal da palavra, os paulistas exploram a importância histórica do forró. A própria mistura de ritmos que norteia o trabalho do grupo é, na verdade, uma releitura do nascimento desse gênero. Dominguinhos, o herdeiro musical de Luiz Gonzaga, já disse que as festas de forró primeiramente eram chamadas de "samba" (Programa Ensaio - TV Cultura, 1990), Citações como essa e outros registros mostram que a origem do forró pé-de-serra está atrelada a outros ritmos brasileiros. É aí que o Quinteto entra, para mostrar que a genuína arte brasileira está mais viva do que nunca, que ela tem qualidade e merece atenção.
Por isso dizemos que o show do grupo é para se ouvir e dançar. Quem estiver disposto a ir ao show para dançar, vai ouvir um repertório que começa na década 50, com "Joga a chave" de Adoniran Barbosa, passando pela década de 60, com "O Baião Vai", gravado por Luiz Gonzaga, "Na Casa de Dona Anita" (Dominguinhos) e assim por diante, revivendo o clima desses verdadeiros forrós. Quem optar por apenas ouvir o show, notará os arranjos vocais inspirados em grupos como Demônios da Garoa e 4 Ases e um Coringa, os solos de sanfona e cavaco em deliciosos forrós sambados, zabumba e triângulo sincopando nos maracatus e a presença forte do contrabaixo nos contrapontos vindos do choro.
Com um trabalho já gravado (O Forró de Dona Zaíra - 2008, selo Apache Records), o grupo prepara o segundo disco, que trará 8 músicas autorais e 6 regravações, entre elas "Joga a Chave" (Adoniran Barbosa) e "Dengo Maior" (Humberto Teixeira). O disco ainda contará com a participação de Hermeto Pascoal numa música instrumental autoral.
O Quinteto conta ainda com a importante conquista do 3º lugar no FENFIT 2009 (Festival Nacional de Forró de Itaúnas - Espírito Santo), onde concorreu com 24 bandas do país todo. Além da participação no FENFIT, o Quinteto já se mostrou seu trabalho em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Florianópolis, totalizando aproximadamente 250 apresentações entre 2009 e 2010.
?Os meninos têm talento e nós acreditamos na música de qualidade que eles produzem? Adelmo, do Trio Virgulino, sobre o Quinteto Dona Zaíra, em entrevista para o Jornal de Piracicaba - 06/06/2008
?A maior revelação do forró pé de serra dos últimos meses: DONA ZAÍRA? Website do Arena do Forró (Brasília-DF), umas das maiores casas do gênero do Brasil, em ocasião de uma apresentação do quinteto ? abril de 2009